Formação de preço para exportação: cálculo e cuidados necessários

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3 min de leitura

Por: Confidence Câmbio • 27/11/2019

Estabelecer novos objetivos e começar a investir no mercado internacional exige mais do que contatos. Vender seus produtos para fora do país, consiste em uma série de mudanças e adaptações para que esse tipo de operação valha a pena. Nesse contexto, a formação do preço para a exportação pode ser facilmente confundida com a forma como é estipulado o valor no mercado nacional.

Mas cuidado, o erro de não conhecer todos os processos que integram o custo de um produto vendido para fora fora do país pode afetar o desempenho do negócio de tal maneira, que a empresa pode não conseguir crescer e se tornar competitiva frente ao mercado global.

Veja os principais cuidados e cálculos para definir o seu preço de exportação.

O que é preciso considerar para a formação de preço para a exportação?

Há alguns pontos importantes a serem considerados em relação ao preço final da exportação. Primeiramente, é bom saber que existem as deduções dos impostos COFINS, PIS, IPI e ICMS. Além disso, dependendo da mercadoria é preciso levar em conta os custos de operações aduaneiras, taxa de capatazia, despacho aduaneiro, armazenagem, embalagem e outros gastos administrativos.

Também é preciso saber sobre os INCOTERMS (International Commercial Terms ou Termos Internacionais de Comércio, em tradução direta). Essas condições são padronizadas e conduzem aspectos importantes relacionados ao comércio internacional, por exemplo: quem será o responsável pelo pagamento do frete ou por fazer o seguro do produto e até mesmo qual será o local de entrega. Itens fundamentais para determinar o preço final da mercadoria.

Tipos de transportes

É preciso ter atenção em como a mercadoria será transportada, já que isso pode gerar um custo adicional ao exportador. É necessário determinar se o produto será levada por vias marítimas, aéreas ou terrestres. Para indicar o transporte corretamente, é preciso procurar o INCOTERM padrão para cada meio. 

Exportação direta e indireta

Há duas formas de realizar uma exportação, a primeira é a direta, em que a negociação é feita diretamente com o importador, por isso, não há custos adicionais envolvidos. A segunda é a indireta, onde há mais gastos, já que é necessário um intermediador para a ação.

Como calcular o preço para a exportação?

Por meio do Simulador de Preço de Exportação é possível calcular o valor final do produto.

Você precisará de informações, como:

  • Incoterm
  • Preço total da mercadoria no mercado interno
  • Componentes do preço no mercado interno (ICMS, COFINS, PIS, embalagem, propaganda, entre outros)
  • Componentes do preço no mercado externo (carregamento, transporte, contêiner, desembaraço aduaneiro, entre outros)
  • Lucro desejado na Exportação

Quais cuidados tomar na formação de preço da exportação?

Apesar de haver algumas deduções fornecidas pelo Governo para incentivar a prática da exportação, impostos como IPI, PIS, ICMS e COFINS são deduzidos. Além desse cuidado, o exportador deve prestar atenção para não cometer erros bastante comuns para precificar.

Fixar uma margem para variação cambial

É possível que se utilize a taxa de câmbio da cotação diária para converter o preço do produto na hora da negociação. Isso pode ser um erro grave, já que as oscilações cambiais são constantes.

Diferenciar os custos do preço de venda para o exterior

Mais do que se atentar à conversão do valor do produto, deve-se conhecer quais são os impostos cobrados e o que é exigido para efetuar uma venda no país que receberá a sua mercadoria, principalmente no que se refere às embalagens.

Conhecer sobre o mercado futuro de câmbio

Aqui, o cuidado principal é em relação à data do pagamento da mercadoria. Como é uma transação internacional, o que pode acontecer é o exportador receber o dinheiro em um dia em que o valor da moeda esteja baixo. Se isso acontecer, o orçamento da empresa sai prejudicado. Por isso, é importante conhecer algumas formas de proteção, como o mercado futuro de câmbio.

Chamado também de hedge cambial, ele é uma forma de melhorar a proteção do exportador. Ele também é um tipo de contrato, em que ambas as partes fixam uma taxa de câmbio e definem um vencimento para o pagamento da operação.

Apesar de ser uma estratégia ideal para se manter seguro contra as quedas de moedas estrangeiras, é um tipo de acordo feito comumente pelas grandes empresas. Visto que os valores iniciais para o fechamento são de no mínimo 50 mil dólares sobre uma taxa de operação de 0,02%.

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