Dia Mundial da Conscientização do Autismo: países que mais estudam o TEA

Marcado como o Dia Mundial da Conscientização do Autismo, 2 de abril leva, ao redor do mundo, a mensagem sobre a importância do respeito e da necessidade do conhecimento acerca do transtorno. A data foi criada em 2007 pela Organização das Nações Unidas (ONU), e até hoje é um marco para a comunidade. Entendendo sua tamanha importância, o Grupo Travelex Confidence apoia a causa e te deixa por dentro das informações mais relevantes sobre o assunto, para que você possa contribuir para um mundo inclusivo, onde quer que você esteja!

Abrangendo mais de 70 milhões de pessoas ao redor do mundo, o Transtorno do Espectro Autista (TEA) se caracteriza por atrasos e comprometimentos no desenvolvimento da linguagem e do comportamento social. O termo foi criado em 1908, pelo psiquiatra suíço Eugen Bleuler.

Após a contribuição de diversos estudiosos de várias partes do mundo ao longo dos anos, em 1978 o também psiquiatra Michael Rutter classificou o autismo como um distúrbio do desenvolvimento cognitivo. A partir disso, ele desenvolveu a compreensão dos seguintes critérios de definição: atraso e desvio sociais não só como deficiência intelectual; problemas de comunicação não só em função de deficiência intelectual associada; comportamentos incomuns, tais como movimentos estereotipados e maneirismos e início dos sintomas antes dos 30 meses de vida.

O autismo é mais comum entre pessoas do sexo masculino e, três a cada quatro crianças com o transtorno são meninos. De acordo com o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, só no Brasil há cerca de dois milhões de pessoas com TEA. Por isso, é muito importante lutar pela consciência social acerca do tema!

O uso da sigla “TEA” é relevante, principalmente depois que a 5ª edição do Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais passou a compreender as subcategorias do autismo como um único diagnóstico. Dessa forma, as pessoas são diagnosticadas em apenas um espectro, porém com níveis variáveis.

O autismo pelo mundo

No mundo todo, cientistas seguem buscando respostas para compreender o desenvolvimento do transtorno. Além disso, as pesquisas visam estabelecer novos e mais efetivos tratamentos para que as pessoas diagnosticadas possam experimentar uma qualidade de vida cada vez maior! Conforme mostrado pelo site Spectrum News, os Estados Unidos e a Europa concentram a maior parte desses estudos. O país norte-americano lidera, contando com a publicação de 26 pesquisas publicadas entre 1970 e 2018. Por lá, um dos maiores estudos já feitos teve a participação de 5 milhões de crianças!

O levantamento realizado pelo site mostra ainda que cada um dos países da América Latina conta com um estudo sobre a prevalência do autismo. Já na América Central, apenas duas nações têm estudos publicados, a Aruba e o México.

Ao redor do mundo, o número de pessoas diagnosticadas com o transtorno varia consideravelmente. Nos EUA, por exemplo, há um caso a cada 44 crianças. De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças do país, o número de diagnósticos tem crescido cada vez mais. Em 2010, por exemplo, a prevalência de TEA era de 1 em cada 110 crianças.

A legislação brasileira conta com dois pontos específicos para assegurar o direito das pessoas que recebem este diagnóstico. Um deles é a Lei nº 12.764/12, a qual defende o acesso a ações e serviços de saúde, incluindo identificação precoce, atendimento multiprofissional, terapia nutricional, medicamentos e informações que auxiliem no diagnóstico e no tratamento de pessoas com TEA. Já o outro ponto é a Lei nº 13.977, a qual cria a Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Ciptea). A partir dela, há maior facilidade de acesso a serviços e tratamentos especializados, garantindo melhoria no desenvolvimento de autistas, bem como seu pleno direito de convivência harmônica em sociedade.

Em campanha anual, a data é marcada por diferentes temas para contemplar a demanda social com foco na conscientização. Em 2022, a temática é “Lugar de autista é em todo lugar”, estabelecendo principalmente os ideais de acessibilidade e representatividade.

Um dos pontos mais defendidos por médicos especialistas é o diagnóstico precoce. Por isso, é importante se atentar a alguns sinais no cotidiano das crianças, como inquietação constante, intensa apatia, dificuldade em manter contato visual com outras pessoas, incômodo com toque, sons e até mesmo a textura de alguns alimentos. No entanto, vale lembrar que a doença se manifesta de forma muito particular, variando de pessoa para pessoa. Por isso, é importante contar com acompanhamento profissional!

É válido destacar que a informação é a principal forma de conscientização sobre um assunto e colaborar para o combate do que dificulta o seu desenvolvimento positivo na sociedade. Então, agora que você já está por dentro do que há de mais relevante sobre a conscientização do autismo, compartilhe este texto com mais pessoas para ajudar a construir uma sociedade mais respeitosa e inclusiva!