No Brasil, dólar e conjuntura política segue no foco

BRASIL
09:00 – BC realização leilão de venda à vista de dólares de até US$ 580 milhões conjugado com oferta de até 11.600 contratos de swap cambial reverso (US$ 580 milhões)
11:30 – BC realiza leilão de swap cambial tradicional em montante equivalente ao que não for vendido no leilão à vista de dólares
16:00 – O Senado realiza sessão plenária e pode votar o projeto de cessão onerosa

E.U.A
10:45 – IHS Markit: Índice dos gerentes de compra (PMI) industrial (final) – Ago
10:45 – ISM: Índice de atividade industrial – Ago 

EURO
Parlamento britânico retoma trabalhos após o recesso de verão, na primeira sessão após o primeiro-ministro Boris Johnson obter permissão para suspender o Legislativo por cinco semanas

BRASIL
Brexit preocupa mercados globais enquanto, no Brasil, dólar e conjuntura política segue no foco
Por Pedro Molizani – Trader Mesa de Câmbio Travelex Bank
O Brexit trouxe preocupações e colocou os mercados em estado de alerta nesta manhã. A libra caiu hoje ao menor nível desde 2016 antes de um debate no Parlamento inglês nesta terça-feira. A oposição deve tentar aprovar leis para bloquear a possibilidade de um Brexit sem acordo. Já o primeiro-ministro Boris Johnson, que defende que o processo ocorra na data final de 31 de outubro com ou sem acordo, ameaça convocar eleições antecipadas. Há pouco as bolsas europeias operavam todas em baixa e os futuros de Nova York apontam para uma abertura negativa dos índices acionários na volta do feriado em meio também a preocupações com as negociações comerciais entre Estados Unidos e China. No cenário doméstico, o dólar segue no foco após ter fechado ontem em R$ 4,1828, com alta de 0,97%. Por enquanto, o Banco Central segue com leilões conjugados de dólar à vista com swap reverso e não anunciou ontem medidas adicionais no câmbio. No Congresso, as atenções estão na reforma tributária. O relator da reforma na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), disse ontem que pode incluir no seu relatório a redução nos impostos pagos pelas empresas sobre a folha de pagamentos e alterações no Imposto de Renda. O relator do texto no Senado, Roberto Rocha (PSDB-MA), por sua vez, não descartou a criação de um tributo nos moldes da antiga CPMF, apontada como solução para desonerar a folha de pagamento, tema que tem forte resistência na Câmara. O investidor monitora ainda os cortes no Orçamento. Apenas sete ministérios e órgãos do governo escaparam da tesourada nos recursos na proposta de Orçamento para 2020. Em casos mais dramáticos, como no Ministério do Meio Ambiente – que está na berlinda por causa das queimadas na Amazônia -, a verba estimada para o ano que vem ficou abaixo até mesmo do orçamento contingenciado deste ano.

MUNDO
Brexit traz cautela
Por Pedro Molizani – Trader Mesa de Câmbio Travelex Bank
As bolsas europeias operam em baixa, em meio às incertezas do Brexit. Ontem, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, sinalizou que convocará novas eleições para 14 de outubro se parlamentares conseguirem aprovar leis que bloqueiem um Brexit sem acordo. A data final para o processo é 31 de outubro. Hoje, os mercados dos EUA retomam os negócios. Às 7h30, a Bolsa de Londres cedia 0,24%, a de Frankfurt tinha queda de 0,56% e a de Paris recuava 0,48%. Os futuros de Nova York tinham recuo na faixa de 0,80%. Do outro lado do globo, as bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta terça-feira, em meio a sinais de obstáculos para a retomada das negociações comerciais entre Estados Unidos e China e o turbulento cenário político no Reino Unido, que ainda não definiu como será o chamado Brexit. O índice Xangai subiu 0,21%, e o Shenzhen Composto avançou 0,66%. Já o Nikkei ficou praticamente estável em Tóquio, com alta de 0,02%. O Hang Seng caiu 0,39% em Hong Kong, enquanto o sul-coreano Kospi recuou 0,18% em Seul. Na Oceania, o S&P/ASX 200 teve queda de 0,09%.

Fonte: Broadcast